Moçambique participou de 11 de Maio a 24 de Novembro de 2019, na 58ª edição da
Exposição Internacional de Arte, uma das mais antigas e prestigiadas exposições internacionais de arte, denominada Bienal de Veneza (realizada de dois em dois anos, desde 1895, em Veneza, Itália).
A participação de Moçambique neste certame artístico-cultural, representado por artistas
conceituados, insere-se no âmbito da internacionalização das artes e dos artistas
moçambicanos.
Gonçalo Mabunda, o artista que se celebrizou por transformar “Herança de Guerra”
(material bélico desactivado) em arte, apresentou uma colecção de esculturas que
remetem para uma reflexão sobre o conturbado passado do país e as suas repercussões
na sociedade contemporânea moçambicana.
Mauro Pinto, apresentou uma série de trabalhos, intitulada Black Money. Nela, o
fotógrafo problematiza alguns aspectos sociais da realidade moçambicana e questiona-
se sobre como vivem, social e economicamente, os habitantes de Moatize (cidade da
província de Tete, em Moçambique). “Questiono-me muito sobre esta realidade que, na
verdade, não diz respeito apenas a Tete. O boom de investimentos estrangeiros começa
a ter impacto um pouco por todo o país. Sentindo-me intrigado com o problema, decidi
sair à rua e pôr-me a desenvolver este projecto”- explica o artista.
Filipe Branquinho , artista plástico, ilustrador e retratista moçambicano, usa a sátira para
fazer uma reflexão sobre aspectos da actualidade nacional, procurando, de forma
cómica, questionar valores. É, segundo as suas palavras, “uma ponte entre a tradição e o
presente, algo como de onde viemos, onde estamos e para onde vamos”.
O Pavilhão de Moçambique foi comissionado pelo Ministro da Cultura e Turismo, Silva
Dunduro, e tem como tema: The Past, The Present and The in Between (O Passado, o
Presente e o Entretanto).